21 de março de 2023 - Tempo de leitura: 4 minutos
Viagem começou por Teresina, com um Café com Inspiração na Câmara Municipal, e seguiu para Codó, com visitas a comunidades quilombolas
No início de março, nossos escritórios em Teresina, no Piauí, e Codó, no Maranhão, receberam visitantes que fazem parte de comitês e do conselho da Plan, além de integrantes das nossas equipes de captação de recursos pelo mundo. Do conselho, quem marcou presença foi Mauricio Ajzenberg, membro desde 2018. Ele também faz parte do Comitê Financeiro. Também de um comitê, mas de Comunicação e Fundraising, estava Michelle Sampaio Carneiro. Na mesma viagem, estavam também nossa Head global do Hub de Fundraising, Kirsi Mettälä, e a gerente do Centro de Serviços Compartilhados para a América Latina e o Caribe, Ivette Pérez. O grupo foi acompanhado por nossa diretora executiva, Cynthia Betti, e por nossa gerente de parcerias corporativas e institucionais, Andreia Schroeder, além de representantes das nossas equipes locais e de São Paulo.
A viagem começou por Teresina, com um Café com Inspiração na Câmara de Vereadores da cidade. Por lá, estavam meninas participantes de projetos, lideranças comunitárias e de governo, além de parceiros públicos e de outras organizações. Foi um momento de muitas trocas para que o grupo de visitantes pudesse ter uma visão mais ampla da atuação da Plan localmente. Depois do café, o grupo se deslocou para uma comunidade e acompanhou uma atividade do projeto Cambalhotas em que as crianças construíram um brinquedo (balangandã) e promoveram brincadeiras.
“Um dos pontos mais marcantes para mim foi ver o impacto que os projetos da Plan têm na vida das pessoas da comunidade. É admirável o desenvolvimento tanto humano dos participantes quanto da comunidade beneficiada. As fotos e os números que vemos não mostram um milésimo do que é o impacto real na vida das pessoas. Isso é muito importante e muito comovente”, afirma Mauricio Ajzenberg.
No segundo dia, foi possível visitar crianças patrocinadas e ver de perto como elas escrevem cartas para enviar a madrinhas e padrinhos – uma das ações diretas da área de captação de recursos. “Há muitas semelhanças entre o Brasil e outros países da América Latina e do Caribe. Infelizmente, todos compartilhamos problemas e desafios em nossas comunidades, como pobreza, violência de gênero, falta de oportunidades, desenvolvimento social limitado e acesso limitado a direitos, principalmente para meninas e meninos desde cedo, como educação e alimentação saudável. Também temos semelhanças positivas, como o empoderamento e a vontade das comunidades de progredir, o desejo de mulheres inspirarem outras mulheres e o impacto positivo que nosso trabalho tem em uma comunidade e como isso se replica por gerações”, pondera Ivette Pérez, gerente do Centro de Serviços Compartilhados para a América Latina e o Caribe. Para ela, as diferenças provavelmente estão mais nas questões geográficas. “As distâncias em países como o Brasil tornam o acesso a diferentes unidades de programas e comunidades mais difícil em comparação com países da América Central, onde o acesso é mais fácil. Mas isso não significa que não possamos desenvolver o mesmo trabalho e impacto em nossa região.”
Depois das visitas a crianças apadrinhadas, o grupo se deslocou para um almoço comunitário, em que também puderam ouvir das lideranças locais como elas percebem o impacto da Plan não só com as crianças, mas com todas as pessoas que vivem no local. Em uma dessas comunidades, a Plan construiu um espaço de convivência usado para múltiplas finalidades. Encerrando a visita em Teresina, o grupo acompanhou uma oficina do projeto Escola de Liderança para Meninas com a construção de braceletes menstruais e uma roda de conversa sobre higiene menstrual, um dos focos do projeto no Piauí.
O terceiro dia da programação da viagem começou com o deslocamento de Teresina para Codó e a chegada a uma comunidade quilombola que faz parte do projeto Água, Saúde e Vida. Por lá, o grupo viu o poço artesiano entregue pela Plan e visitou a horta mantida pela comunidade, que já está produzindo uma boa quantidade de alimentos. Também conversaram com lideranças locais.
No dia seguinte, visitaram outra comunidade quilombola para também conhecer as benfeitorias levadas pela Plan e ouvir as lideranças comunitárias, como Seu Valdivino. Algumas dessas comunidades também recebem o projeto Ciranda. Na tarde desse mesmo dia, acompanharam uma feira de empreendimentos das jovens mulheres que fazem parte do projeto Empodera Elas.
“Umas das coisas que mais me marcaram foi o senso de organização, tanto do lado das comunidades como da Plan. Fiquei muito surpresa como a gente faz a gestão de todo esse trabalho e, ao visitar o escritório em Codó, vi inclusive que os lanches, os refrigerantes e as águas são separados por projeto. É uma gestão de custos muito aprofundada”, explica Michelle Sampaio Carneiro. “E do lado das comunidades, foi legal conhecer os líderes comunitários e ver como as pessoas de fato se organizam como comunidade, se ajudando, se apoiando e fazendo uma organização que vai desde a horta, da forma como eles plantam, como se organizam de forma geral. Isso acaba por facilitar o nosso trabalho e permitir um impacto maior nos projetos, nas comunidades, nas crianças e nas meninas, que são nossos principais objetivos.”