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Momento é de celebração: escritório brasileiro terá direito a voto na Assembleia de Membros da Plan International. Evento na Bélgica marcou o início da nova fase e contou com a presença de uma jovem que participou do Rede Meninas Líderes

A Plan International Brasil agora é um membro global da Plan International. A conquista marca um esforço nos últimos anos para a entrada no grupo de escritórios que têm direito a voto na Assembleia de Membros da Plan. Em um evento realizado em Bruxelas, na Bélgica, durante o mês de junho, Brasil e Indonésia foram apresentados como novos membros e se uniram aos escritórios da Colômbia e da Índia no grupo de representações do hemisfério Sul que têm direito a voto e decisões de alta instância na Plan para o mundo todo. A Nigéria está em processo de candidatura e próxima de também se tornar membro da Assembleia. Será o primeiro país africano no grupo.

Como membros do Sul Global, os países podem fortalecer as vozes do hemisfério Sul e representar as necessidades locais de tantos escritórios. O processo de aprovação para a Assembleia de Membros é muito criterioso e leva alguns anos. É muito importante para os escritórios de país da Plan, como é o caso do Brasil. No dia a dia, os países do Sul Global que fazem parte da Assembleia implementam programas e projetos com recursos financeiros estrangeiros, mas também captam recursos locais, como já acontece na Plan Brasil.

A diretora executiva, Cynthia Betti, e o presidente do Conselho, Felipe Brescancini, estavam no evento. Também contaram com a participação da jovem Kauanne, de 20 anos, que passa a representar as meninas com direito a voto na Assembleia. Neste ano, jovens de alguns países estiveram no evento como observadoras, mas terão direito a voto na próxima reunião, no segundo semestre.

No caminho até se tornar um membro global, o escritório nacional passou por uma série de aprimoramentos na gestão, que Felipe apresentou em sua fala na Assembleia. Ele destacou bons resultados, como melhorias alinhadas às prioridades globais da organização, eficiência financeira, aumento dos recursos destinados a programas e projetos, evolução na captação local de recursos e redução de custos.

A voz da juventude

Kauanne e mais duas jovens que participaram de projetos da Plan pelo mundo estiveram na Assembleia de Membros representando não apenas suas ideias, mas as da juventude global. Elas fizeram parte de um grupo de discussão sobre a governança da juventude, além de workshops relacionados ao engajamento, poder, privilégios e vieses inconscientes. “Foi uma grande responsabilidade falar em nome de tantas pessoas, não somente meninas e jovens brasileiras, mas também de todo o mundo, tendo em vista que além de representar o meu país na Assembleia de Membros, tive que levar as reflexões de um grupo de trabalho com 22 jovens lideranças de diferentes partes do mundo”, afirma Kauanne. Para ela, “foi uma honra ter a oportunidade de aprender sobre o trabalho da Plan, assim como estar num espaço de decisão que orienta as estratégias e o orçamento para as ações da organização”.

Kauanne acredita que a participação das meninas nas votações da Assembleia de Membros tem o potencial de fortalecer a representatividade e possibilitar que debates e decisões também tenham uma perspectiva diferente da vivência dos adultos. Para ela, o desafio para a Plan é aumentar a presença de jovens na tomada de decisões, estimulando a criação conjunta de soluções.