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Plan participa da campanha 16 Dias de Ativismo Contra a Violência de Gênero com foco no combate ao assédio on-line

Campanha mundial vai de 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, a 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos

Começa neste 25 de novembro a campanha internacional 16 Dias de Ativismo contra a Violência de Gênero. Este ano, a participação da Plan International tem como foco o combate ao assédio on-line e a luta para que meninas de todo o mundo possam estar conectadas e se expressarem livremente na internet sem se tornarem alvo de abusos. Trata-se de um desdobramento da campanha #ConectadasESeguras, lançada este ano como parte da campanha Meninas Pela Igualdade.

A campanha global 16 Dias de Ativismo foi criada em 1991 pelo Centro para a Liderança Global das Mulheres (CWGL, na sigla em inglês) com o objetivo de chamar a atenção para a prevalência da violência de gênero no mundo e para a responsabilidade dos países em eliminar esse problema. A mobilização tem acontecido anualmente, sempre de 25 de novembro, que marca o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, a 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, e já foi implementada por mais de 180 países em mais de 6 mil organizações.

O foco da Plan International no problema do assédio on-line se dá em um momento em que a pandemia de Covid-19 faz com que passemos cada vez mais tempo conectadas, exacerbando o risco de abusos contra meninas no ambiente on-line. Segundo a pesquisa global Liberdade On-line? – Como meninas e jovens mulheres lidam com o assédio nas redes sociais, em que a Plan ouviu 14 mil meninas e jovens mulheres em 22 países, 58% das meninas já foram assediadas nas redes sociais. Especificamente no Brasil, essa porcentagem chega a 77%.

A Plan acredita que as meninas precisam ter amplo acesso à internet para buscar informações, se conectarem com suas comunidades, expressar suas ideias e participar de debates e decisões. Tudo isso em um ambiente seguro e livre de violência. Por isso a organização também está divulgando uma carta aberta para as principais empresas de redes sociais do mundo pedindo pela criação de mecanismos para coibir a violência contra meninas nessas plataformas. Até o momento, apenas o Instagram já aderiu à campanha e vai ouvir um comitê de 10 meninas de vários países em reuniões on-line.

“Já fizemos a primeira reunião e foi incrível ver meninas de todas as partes do mundo lutando pelas mesmas coisas. As redes sociais servem para ecoar nossas vozes, mas o problema de segurança on-line dificulta isso. Conversamos bastante sobre as peculiaridades dos idiomas, porque algo que é racismo, misoginia ou xenofobia em uma língua pode não ser percebido em outra”, diz Bruna Vitória, de 18 anos, que está participando das reuniões com o Instagram. A carta pode ser assinada até 10 de dezembro, no encerramento dos 16 Dias de Ativismo. Cerca de 60 mil pessoas já assinaram.

Como parte das ações da campanha 16 Dias de Ativismo, a Plan também lançará, em 25 de novembro, a chatbot Maru, desenvolvida pela Plan em parceria com o coletivo Feminist Internet. É uma ferramenta que meninas e mulheres poderão acessar se estiverem passando por uma situação de violência on-line ou presenciando um caso de abuso. Por enquanto, a Maru só está disponível em inglês, no link https://maruchatbot.co/, e foi programada para conversar com meninas e mulheres para dar recomendações relacionadas a mecanismos para reportar a violência e estratégias para se protegerem na internet.