22 de junho de 2023 - Tempo de leitura: 3 minutos
Iniciativa que tem o apoio da NIVEA beneficia famílias brasileiras, migrantes e refugiadas em ações para fortalecer os direitos à educação e proteção contra violências sexual e de gênero
O projeto Aprender e Proteger está começando uma nova fase. A iniciativa trabalha com jovens de 12 a 18 anos dos distritos da Sé e da Mooca, na área central da cidade de São Paulo, e tem o objetivo de apoiar meninas adolescentes para exercerem seus direitos à educação e proteção contra a violência sexual e baseada em gênero. O projeto beneficia famílias brasileiras, migrantes e refugiadas.
Nesta segunda etapa, o Aprender e Proteger oferecerá uma formação de 15 horas sobre prevenção de violências, direitos das crianças e adolescentes com abordagem interseccional de gênero, raça e etnia a 120 meninas e 80 meninos. Além disso, 600 famílias receberão um cartão alimentação no valor de R$ 480, divididos em três parcelas, e participarão de três encontros sobre proteção contra violência baseada em gênero, direitos das crianças e adolescentes e práticas parentais positivas.
O projeto prevê também a participação de 400 pessoas em intervenções lúdicas e eventos e contempla a capacitação de 130 profissionais, sendo 60 da assistência social, 40 da educação e 30 da saúde em formações on-line e seminários. Com essas ações, a iniciativa estima alcançar 7.960 beneficiários indiretos. A nova etapa do projeto será realizada até dezembro de 2024.
“Nesta nova etapa, teremos 50% de adolescentes negras, negros ou indígenas. Também vamos incluir nas formações as temáticas de racismo, xenofobia e LGBTQIAfobia”, afirma Iará Simis, gerente de projetos da Plan International Brasil em São Paulo. Ela destaca que o projeto também trabalha com governos e atores humanitários para garantir que as adolescentes tenham acesso à educação e aos serviços de proteção.
O Aprender e Proteger tem o apoio da marca NIVEA por meio de um propósito da empresa chamado de O Toque que Transforma e Inspira Conexões. “Nesta jornada que chega ao seu terceiro ano, nos unimos a organizações para levar apoio, fortalecimento, letramento racial, incentivo ao empreendedorismo e terapias de bem-estar e reabilitação para essas pessoas. A parceria com a Plan International vem para fortalecer esta atuação em prol do empoderamento de meninas por meio
do investimento na educação e na formação da cidadania ativa”, comenta Ligia Annunziato, líder da Agenda de Propósito da NIVEA.
Projeto premiado
Reconhecido com o Selo de Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo, o Aprender e Proteger atuou na primeira fase para empoderar meninas e mulheres, enfrentando a violência e combatendo a evasão escolar. A iniciativa trabalhou com 143 meninas e 80 meninos também das regiões centrais da capital paulista, sendo muitos deles imigrantes e refugiados.
Por meio do projeto, os jovens receberam formação sobre prevenção de violência sexual e de gênero e sobre empoderamento feminino. As meninas também participaram de um programa de mentoria realizado em seis encontros para tratar dos planos para o futuro, o cotidiano escolar e os sonhos, com bolsa-auxílio de R$ 500 para transporte, roupas, calçados e compra de materiais escolares. Adolescentes imigrantes ainda receberam um curso de aperfeiçoamento de português com carga horária de 45 horas.
A iniciativa alcançou 1.478 pessoas diretamente, uma vez que o trabalho também ofereceu apoio a cerca de 1000 famílias de mais de 20 nacionalidades que receberam vale alimentação no valor de R$ 680 e participaram de encontros mensais conduzidos em português e em espanhol para sensibilização sobre o direito à educação e a prevenção de violência sexual e de gênero. Escolas também abriram as portas para a realização de campanhas e intervenções lúdicas sobre os temas.
“Aprender e Proteger é um projeto muito bonito, fruto de uma articulação com mais de 20 outras organizações da sociedade civil, que nos ajudaram a alcançar tantas famílias brasileiras, migrantes internacionais e seus adolescentes”, afirma Iará.