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Pelas vidas de meninas e mulheres Ianomâmis
Plan lidera manifesto pelas vidas de meninas e mulheres Ianomâmis
Plan International Brasil e outras organizações assinam manifesto em defesa de meninas e mulheres ianomâmis que vêm sofrendo violências em Roraima
É com muita tristeza e revolta que escrevemos esta nota. Em menos de um ano, nos mobilizamos, mais uma vez, para lamentar profundamente e pedir justiça pelas violências sexuais e pelos assassinatos cometidos contra meninas e mulheres indígenas. Na ocasião anterior, em agosto de 2021, os assassinatos de duas meninas indígenas, Daiane Griá, com apenas 14 anos, do povo Kaingang, e Raissa Cabreira, com 11 anos, do povo Guarani-Kaiwoá, chocaram pela crueldade e também pela rapidez com que foram esquecidos. Agora, em abril de 2022, é revoltante e inadmissível que as violências sexuais e mortes continuem atingindo os mesmos corpos.
Infelizmente, somos forçadas a, novamente, nos manifestar em face às violências sexuais e assassinatos que atingem meninas e mulheres indígenas. Essas violências também escancaram as desigualdades de direitos que avassalam as vidas de povos indígenas. Escancaram também a necessidade de nos posicionarmos contra o garimpo ilegal e a invasão de territórios indígenas.
Enquanto organizações comprometidas com os direitos humanos, nos somamos às vozes dos povos indígenas para pedir justiça para essas meninas e mulheres em relação aos crimes que estão acontecendo na região de Waikás, em Roraima, que é uma das áreas afetadas pelo garimpo ilegal no país.
Para impedir que mais mortes como as delas aconteçam, é fundamental um esforço e mobilização conjunta para garantir que crianças e povos indígenas possam viver, fazendo jus de seus direitos em toda a sua plenitude. Nós nos solidarizamos com as lutas dos povos indígenas na busca por justiça e na quebra do silêncio violento, que reflete o racismo sistêmico contra povos indígenas no Brasil.
Toda a sociedade precisa se mobilizar em defesa das vidas de meninas e mulheres indígenas.
Toda a sociedade precisar cobrar justiça.
Subscrevem esta Nota as seguintes organizações:
- 4daddy
- Acari Associação Civil de Articulação para a Cidadania
- Aldeias Infantis
- AMSK/Brasil
- ANDI comunicação e direitos
- Associação dos Pesquisadores e Formadores na Área da Criança e do Adolescente – NECA
- Avante Educação e Mobilização Social
- Centro de Estudos Integrados, Infância, Adolescência e Saúde, CEIIAS
- Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância (CIESPI/PUC-Rio)
- Child Fund Brasil
- Clinica Spaziomed
- Coalizão Brasileira pelo fim da violência contra crianças e adolescentes
- Ecenf
- Educação Protegida
- Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil
- Fundação Bernard van Leer
- Fundação José Luiz Egydio Setúbal
- Grupo Mulheres do Brasil
- Impact.to
- Instituto Alana
- Instituto Arueras
- Instituto Árvores Vivas para Conservação e Cultura Ambiental
- Instituto Brasiliana
- Instituto Como Contar
- Instituto da Infância-IFAN
- Instituto Liberta
- Plan International Brasil
- Prefeitura Municipal de Laranjal do Jari
- Projeto DOSTA – BASTA Coletivo de Mulheres Romani
- Pulso Público
- Rede Conhecimento Social
- Rede Não Bata, Eduque
- Serenas – Garantia de Direitos para Meninas e Mulheres
- Terre des hommes Suisse
- Usina da Imaginação
- Visão Mundial
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