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COMBATE À EXPLORAÇÃO SEXUAL NA BAHIA DURANTE O CARNAVAL

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COMBATE À EXPLORAÇÃO SEXUAL NA BAHIA DURANTE O CARNAVAL

Com o objetivo de combater a exploração sexual na Bahia, especialmente durante ao período do Carnaval, a Plan International Brasil cria uma série de medidas de proteção e conscientização da sociedade.

Com foco em orientar os turistas a respeito da real situação das meninas, que se agrava nessa época, a Plan International Brasil (ONG que defende os direitos das crianças, adolescentes e jovens com foco na promoção da igualdade de gênero) em parceria com a Grou Turismo desenvolveu uma campanha de verão com duração até março. O turismo receptivo é uma estratégia para alcançar os turistas que visitam a Bahia nessa época. Os assistentes receptivos estarão capacitados para falar sobre exploração sexual e também trajados com roupas e acessórios personalizados (mochilas, viseiras, bottons, etc) com mensagens de conscientização. Serão mais de 100 profissionais treinados atuando pelas ruas. Nos espaços de fluxo desses turistas serão distribuídos materiais impressos sobre a campanha, o que representa um grande avanço no setor turístico da Bahia. Motoristas de ônibus e vans também estão instruídos sobre esses temas – além da distribuição de material nos pedágios das estradas e nas mesas dos hotéis. A ação deve impactar mais de 100.000 pessoas diretamente.

Além do trabalho com o turismo receptivo, a Organização desenvolveu um ciclo de capacitação para técnicos de prefeituras e outras instituições para o Carnaval de Salvador, com mais de 30 profissionais estarão atuando nas ruas visando o combate a exploração sexual. Os dois municípios que participarão dessa sensibilização são Salvador, que já iniciou o ciclo de treinamentos, e Camaçari no final de janeiro – aqui com apoio da Cidade do Saber, um dos maiores equipamentos educacionais, premiado nacionalmente, que promove aulas de música, dança, lutas, esportes entre outras.

A Plan International Brasil vai trabalhar com os materiais  da campanha “Números” e “Escolhas”, produzida pelo Instituto Liberta ( de enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes) em parceria  com Childhood Brasil, Fundação Abrinq e Ministério da Justiça por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

A primeira campanha propõe um choque de consciência na população. O foco é destacar os dados referentes à exploração sexual de crianças e adolescentes no país para romper com a naturalização e aceitação do tema, engajando pessoas para uma ação imediata. O objetivo é incentivar as denúncias pelo telefone por meio do canal “Disque 100”.

A segunda, traz as inúmeras desculpas que os homens usam para  tentar “justificar” suas ações, como não saberem que a menina é menor de idade, ela não ser mais virgem, ter se “oferecido”, ou até que o dinheiro pago poderá ajuda-la financeiramente. Todos argumentos inaceitáveis, uma vez que essas meninas não estão aptas a entenderem a complexidade dessas relações, capaz de destruírem suas vidas, mas sobretudo, porque é crime previsto no Código Penal brasileiro.

  • Aproximadamente 500.000 crianças e adolescentes são vítimas da exploração sexual no Brasil e a maioria delas tem entre 7 e 14 anos. Base de cálculo: estimativa do total de denúncias ao Disque 100 entre 2012 e 2015 (36.151 denúncias).  Segundo o Disque 100, apenas 7,5% dos casos são denunciados. Base da estimativa: Pesquisa Nacional de Vitimização (2013), SENASP, DATAFOLHA E CRESPI. ECPAT Brasil.
  • Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime e apenas 7 em cada 100 casos são denunciados. Estimativa de dados do Disque 100.
  • Estima-se que a cada 24 horas 320 crianças são explorados sexualmente no Brasil. Base de cálculo: estimativa do total de denúncias ao Dique 100 entre 2012 e 2015 (36.151 denúncias). Segundo o Disque 100, apenas 7,5% dos casos são denunciados. Base da Estimativa: Pesquisa Nacional de Vitimização (2013). SENASP,DATAFOLHA, CRESPI
  • São  500 mil crianças e adolescentes  vítimas de exploração sexual, isto é, 6 estádios do Maracanã cheios. Base de Cálculo: estimativa do total de denúncias ao Dique 100 entre 2012 e 2015 (36.151 denúncias). Segundo o Disque 100, apenas 7,5% dos casos são denunciados. Base da estimativa: Pesquisa Nacional de Vitimização (2013), SENASP, DATAFOLHA E CRESPI. ECPAT Brasil
  • Existem cerca de 2.000 pontos de exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais. Mapeamento dos Pontos Vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Federais Brasileiras – 6º Mapeamento dos Pontos Vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Federais Brasileiras – 6º Mapeamento dos Pontos Vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Federais Brasileiras – 6º Mapeamento dos pontos vulneráveis – 2013/2014 – Polícia Rodoviária Federal / MJ.