BANGLADESH E A MAIOR CRISE HUMANITÁRIA DO SÉCULO
Mais de 600 mil rohingya, em sua maioria crianças e mulheres, fugiram da violência em Myanmar buscando refúgio em Bangladesh.
15 de dezembro de 2017 - Tempo de leitura: < 1 minutos
Mais de 600 mil rohingya, em sua maioria crianças e mulheres, fugiram da violência em Myanmar buscando refúgio em Bangladesh.
Essa é, segundo a ONU, a maior crise humanitária do século 21 e a Plan International está agindo para providenciar instalações sanitárias e de higiene. Apesar de estarem em Myanmar há gerações, os rohingya são perseguidos e não possuem cidadania ou direitos básicos reconhecidos pelo governo do país. Para fugir de ataques violentos, milhares foram obrigados a abandonar suas casas e fugir para Bangladesh a pé, em uma jornada de aproximadamente 300 km, sofrendo com chuvas fortes e calor intenso típico do período das monções.
Representantes das nações unidas reportam que os recém-chegados em Cox’s Bazar, Bangladesh, estão doentes e desnutridos. A grande concentração de pessoas oferece uma série de riscos, como a proliferação de doenças contagiosas devido a falta de acesso à água potável ou instalações sanitárias, e deixam crianças, especialmente meninas, vulneráveis à violência sexual e outras violências de gênero.
“Proteger crianças é a prioridade neste momento.Com tantas pessoas vivendo no mesmo espaço, é essencial que as instalações básicas sejam colocadas em ordem o quanto antes”, explica Orla Murphy, diretora da Plan International Bangladesh. Nos primeiros cem dias de crise, a Plan International conseguiu alcançar 59 mil crianças, construir mais de 700 instalações sanitárias e distribuir 10 mil kits de higiene. Seguimos profundamente preocupados com o destino das milhares de pessoas afetadas, especialmente crianças, e clamamos pelo fim imediato das perseguições e violências contra os rohingya.