#Agenda2030: Precisamos cuidar da saúde de meninas e meninos
Mesmo com todo o avanço social, científico e tecnológico, ainda é preciso avançar muito para que todas as crianças saibam o que é crescer com saúde.
11 de abril de 2017 - Tempo de leitura: 2 minutos
Mesmo com todo o avanço social, científico e tecnológico, ainda é preciso avançar muito para que todas as crianças saibam o que é crescer com saúde.
Em pleno século 21, a taxa de mortalidade infantil ainda é assustadora: só em 2017, já houve mais de dois milhões de casos de mortes de crianças com menos de 5 anos. Muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas, uma vez que grande parte dos casos tem origem em problemas de saúde derivados da falta de condições adequadas de higiene, saneamento básico e atendimento médico.
No entanto, não é apenas na primeira infância que a saúde de meninas e meninos corre perigo. Com o crescimento do uso de drogas, da violação dos direitos reprodutivos, e com a persistência de epidemias como a AIDS, tuberculose, malária e outras doenças tropicais negligenciadas, além da hepatite, doenças transmitidas pela água, doenças sexualmente transmissíveis, entre outras, a saúde de crianças e adolescentes está constantemente em perigo.
Pensando nisso, a Agenda 2030 inclui, como seu Objetivo 3, “assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”. E quando se fala em vida saudável, não quer dizer apenas a saúde física, mas também à psicológica. Estima-se que, apenas em 2017, já tenham ocorrido mais de 200 mil casos de suicídio em todo o mundo, e uma parte significativa dos casos é de adolescentes e jovens que sofriam com transtornos decorrentes do ritmo da sociedade atualmente, como ansiedade, depressão, anorexia, bulimia, entre outros.
Muito mais do que pelo prejuízo financeiro acarretado pelas mortes e pelas doenças, os países precisam pensar na saúde de meninas e meninos porque todas as pessoas, em todos lugares, merecem crescer e viver felizes e saudáveis, tendo condições físicas e psicológicas adequadas para que possam aprender, liderar, decidir e progredir. Assim, pensar na saúde das crianças e adolescentes é uma questão de respeito, e respeito não é um privilégio: é um direito.
Entre as metas do Objetivo 3 da Agenda 2030, estão não apenas a redução da mortalidade neonatal, da obesidade e a erradicação de doenças como o HIV, a tuberculose e a malária, mas também a conscientização quanto ao uso de álcool e drogas e o esclarecimento cada vez maior em torno da saúde mental e da importância do bem-estar psicológico e físico. É cada vez mais frequente o uso de substâncias ilícitas por meninas e meninos, bem como casos de bullying, depressão e ansiedade, de modo que todas essas preocupações também fazem parte da Agenda 2030.
O desenvolvimento sustentável é aquele que consegue atender às necessidades da geração atual sem comprometer a existência das gerações futuras. Em setembro de 2015, percebendo que os indicadores econômicos, sociais e ambientais dos últimos anos eram pessimistas quanto ao futuro das próximas gerações, a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs que os seus 193 países membros assinassem a Agenda 2030, um plano global composto por 17 objetivos (ODSs) e 169 metas para que esses países alcancem o desenvolvimento sustentável em todos os âmbitos até 2030.