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Relatório do Grupo de Trabalho: impacto coletivo e aprendizado compartilhado

Tempo de leitura: 4 minutos

Capa do relatório do grupo de trabalho com mãos segurando um círculo formado por mãos coloridas, representando diversidade e colaboração nas doações de Mackenzie Scott no Brasil

Caminhos inéditos que fortalecem e inspiram: um novo capítulo da filantropia no Brasil

O Relatório do Grupo de Trabalho mostra, de forma inédita e inspiradora, como 17 organizações brasileiras estão fazendo a diferença com o apoio da filantropa Mackenzie Scott. Essas organizações atuam em áreas essenciais para o nosso país — como diversidade, meio ambiente, cidadania, igualdade de gênero, saúde, segurança pública e direitos humanos.

Cada instituição atua com foco nas necessidades reais das comunidades em que está inserida, desenvolvendo soluções alinhadas aos contextos locais. Nesse novo cenário, os resultados são evidentes: mais de 6 milhões de pessoas foram diretamente beneficiadas pelos projetos, enquanto outras 19 milhões foram impactadas de forma indireta em todo o Brasil.

Mais do que apresentar dados e indicadores, o relatório valoriza a construção de um espaço coletivo de aprendizado, fortalecimento institucional e colaboração. Ele mostra como o apoio filantrópico, quando pautado pela confiança e pela autonomia, pode gerar mudanças estruturais profundas, sustentáveis e duradouras.

Esse relatório é uma prova de que, com confiança e apoio certo, é possível transformar realidades e construir um futuro melhor para todos

Filantropia com confiança

A Filantropia Baseada em Confiança — ou Trust-Based Philanthropy — tem se espalhado pelo mundo como uma nova forma de apoiar organizações sociais. Em vez de exigir relatórios complicados ou controlar cada detalhe do uso do dinheiro doado, esse modelo parte de um princípio simples: quem está na ponta, atuando diretamente com as comunidades, sabe melhor onde e como aplicar os recursos.

Um bom exemplo disso são as doações feitas por Mackenzie Scott. Ao seguir essa abordagem, ela permitiu que as instituições escolhessem como usar o dinheiro — seja para melhorar sua estrutura interna, garantir estabilidade a longo prazo ou ampliar seus projetos.

Esse tipo de doação não só gera resultados mais fortes e duradouros, como também aumenta a autonomia das organizações e dá espaço para que elas inovem. É uma mudança que valoriza a confiança, reduz a burocracia e traz e aumenta o potencial transformador do terceiro setor.

Como foi feita a seleção das organizações?

A escolha das organizações foi conduzida por uma consultoria especializada, utilizando a metodologia conhecida como quiet research, que respeita a identidade, a trajetória e o contexto de cada instituição. Os primeiros contatos foram realizados por canais como e-mail, telefone e redes profissionais, sempre direcionados a lideranças e equipes estratégicas. Os critérios analisados incluíram:

  • Sustentabilidade financeira;
  • Governança e transparência;
  • Planejamento estratégico;
  • Equidade e inclusão;
  • Relação com as comunidades.

Cerca de 82% das organizações compartilharam demonstrações financeiras, reafirmando seu compromisso com a transparência. Todas tiveram total liberdade para decidir como utilizar os recursos recebidos. 

O que foi feito com os recursos?

O relatório detalha como os investimentos recebidos foram decisivos para: reposicionamento institucional e ampliação da captação de recursos, fortalecimento organizacional e qualificação de equipes, implementação de estratégias de longo prazo com flexibilidade, expansão de ações comunitárias e territoriais de impacto direto, construção de sustentabilidade financeira e criação de fundos patrimoniais, inovação e diversificação no uso dos recursos.
Essas ações demonstram uma gestão orientada para resultados estruturantes, com foco tanto no presente quanto na construção de bases sólidas para o futuro.

Resultados que inspiram

O apoio proporcionou a realização de projetos antes limitados por barreiras orçamentárias, além de ampliar o alcance e a qualidade das iniciativas existentes. Também incentivou a inovação interna e o fortalecimento institucional: muitas organizações revisaram e atualizaram suas políticas, implementando novas diretrizes de governança centradas na valorização das pessoas, por exemplo.

Uma nova cultura de doação

Este relatório lança luz sobre o potencial transformador de uma filantropia mais ousada e estratégica. Ao valorizar a autonomia das organizações e investir em sua sustentabilidade de longo prazo, os doadores deixam de ser meros financiadores de projetos pontuais e se tornam agentes de mudança estrutural.

Essa prática, quando adotada em maior escala, tem o poder de transformar a relação entre filantropia, terceiro setor e sociedade, promovendo uma cultura de doação baseada em confiança, impacto e inovação. Trata-se de um chamado à ação para todos que acreditam no poder da colaboração para gerar um Brasil mais justo, resiliente e inclusivo.

Compartilhar conhecimento para fortalecer outras instituições

É importante ressaltar que a Plan Brasil tem o compromisso de compartilhar os aprendizados adquiridos ao longo desse processo. Acreditamos que mais instituições no Brasil devem estar preparadas para acessar doações flexíveis, confiáveis e de longo prazo.

Nosso objetivo vai além do benefício institucional: buscamos influenciar positivamente a cultura filantrópica no país. Queremos contribuir para a construção de um ecossistema mais justo e colaborativo, em que mais organizações tenham acesso a recursos que fortaleçam sua autonomia, sua sustentabilidade e seu impacto social.

Para conhecer o Relatório do Grupo de Trabalho na íntegra, baixe o PDF, clicando no botão abaixo:


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Ilustração com um coração em forma de aperto de mãos e dois envelopes, simbolizando empatia, proteção e diálogo dentro da iniciativa Down To Zero.

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