25 de julho de 2025 - Tempo de leitura: 2 minutos
Obra infantil resgata a trajetória da líder quilombola Tereza de Benguela e inspira meninas a se reconhecerem como protagonistas de suas próprias histórias
Neste 25 de julho, data que marca o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra no Brasil, a Plan International Brasil chama atenção para a importância de reverenciar a história de mulheres negras que foram apagadas das narrativas oficiais. Um exemplo disso é o livro “A Revolução da Tereza”, já disponível ao público e parte da coleção A Revolução das Princesas.
A obra apresenta às crianças a história da rainha quilombola Tereza de Benguela, liderança do Quilombo do Piolho no século XVIII, no atual estado do Mato Grosso. Após se libertar da escravidão, Tereza tornou-se responsável por organizar a comunidade, estruturando a vida política, econômica e de defesa do quilombo. A publicação transforma sua trajetória em uma história envolvente, acessível e inspiradora, protagonizada por uma menina que, com coragem e inteligência, se reconhece como líder.
“Celebrar o 25 de julho é também recuperar trajetórias como a de Tereza de Benguela, que por muito tempo foram silenciadas. Com o livro, convidamos as crianças a conhecerem heroínas reais, que enfrentaram o sistema escravagista com estratégia e coragem”, afirma Cynthia Betti, diretora-executiva da Plan International Brasil.
Escrito por Verônica Bonfim, ilustrado por Bruna Bandeira e com design de Luana Coelho – todas mulheres negras, o livro é um dos seis títulos da coleção que reimagina figuras femininas como protagonistas de suas histórias, ampliando a representatividade na literatura infantojuvenil.
Representatividade como ferramenta de transformação social
Segundo dados da PNAD Contínua (2022), mulheres negras representam cerca de 27,8% da população brasileira, mas ainda são minoria nos espaços de decisão, seja na política, na justiça ou nas empresas. Para a Plan Brasil, oferecer referências positivas desde a infância é uma forma de enfrentar essa desigualdade estrutural e incentivar o empoderamento desde cedo.
“Pensar o futuro das mulheres negras é reverenciar quem veio antes de nós. Tereza de Benguela, Dandara dos Palmares, Luiza Mahin, Maria Firmina dos Reis, entre outras. São mulheres fundamentais na nossa construção histórica. Ao reconhecer essas lideranças, estamos também reconfigurando o imaginário de poder e abrindo espaço para novas gerações de meninas negras se verem como líderes”, destaca Luana Oliveira, especialista em Diversidade, Equidade e Inclusão da Plan International Brasil.
Coleção – A Revolução das Princesas
Os livros da coleção A Revolução das Princesas têm faixa etária indicada a partir dos 9 anos, mas também podem ser lidos por crianças menores com apoio de adultos.
“A Revolução da Tereza” e os outros livros da coleção podem ser adquiridos no site www.lojaplanbrasil.com.br. Toda a renda obtida com a venda é revertida para os projetos da Plan International Brasil, como Líderes da Mudança, que conduz atividades socioeducativas para promoção da igualdade de gênero e os direitos das meninas por meio do esporte.