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Pelas vidas de meninas e mulheres Ianomâmis

Tempo de leitura: 3 minutos

29 de abril de 2022 - Tempo de leitura: 3 minutos

Plan International Brasil e outras organizações assinam manifesto em defesa de meninas e mulheres ianomâmis que vêm sofrendo violências em Roraima

É com muita tristeza e revolta que escrevemos esta nota. Em menos de um ano, nos mobilizamos, mais uma vez, para lamentar profundamente e pedir justiça pelas violências sexuais e pelos assassinatos cometidos contra meninas e mulheres indígenas. Na ocasião anterior, em agosto de 2021, os assassinatos de duas meninas indígenas, Daiane Griá, com apenas 14 anos, do povo Kaingang, e Raissa Cabreira, com 11 anos, do povo Guarani-Kaiwoá, chocaram pela crueldade e também pela rapidez com que foram esquecidos. Agora, em abril de 2022, é revoltante e inadmissível que as violências sexuais e mortes continuem atingindo os mesmos corpos.

Infelizmente, somos forçadas a, novamente, nos manifestar em face às violências sexuais e assassinatos que atingem meninas e mulheres indígenas. Essas violências também escancaram as desigualdades de direitos que avassalam as vidas de povos indígenas. Escancaram também a necessidade de nos posicionarmos contra o garimpo ilegal e a invasão de territórios indígenas.

Enquanto organizações comprometidas com os direitos humanos, nos somamos às vozes dos povos indígenas para pedir justiça para essas meninas e mulheres em relação aos crimes que estão acontecendo na região de Waikás, em Roraima, que é uma das áreas afetadas pelo garimpo ilegal no país.

Para impedir que mais mortes como as delas aconteçam, é fundamental um esforço e mobilização conjunta para garantir que crianças e povos indígenas possam viver, fazendo jus de seus direitos em toda a sua plenitude. Nós nos solidarizamos com as lutas dos povos indígenas na busca por justiça e na quebra do silêncio violento, que reflete o racismo sistêmico contra povos indígenas no Brasil.

Toda a sociedade precisa se mobilizar em defesa das vidas de meninas e mulheres indígenas.

Toda a sociedade precisar cobrar justiça.

Subscrevem esta Nota as seguintes organizações:

  1. 4daddy
  2. Acari Associação Civil de Articulação para a Cidadania
  3. Aldeias Infantis
  4. AMSK/Brasil
  5. ANDI comunicação e direitos
  6. Associação dos Pesquisadores e Formadores na Área da Criança e do Adolescente – NECA
  7. Avante Educação e Mobilização Social
  8. Centro de Estudos Integrados, Infância, Adolescência e Saúde, CEIIAS
  9. Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância (CIESPI/PUC-Rio)
  10. Child Fund Brasil
  11. Clinica Spaziomed
  12. Coalizão Brasileira pelo fim da violência contra crianças e adolescentes
  13. Ecenf
  14. Educação Protegida
  15. Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil
  16. Fundação Bernard van Leer
  17. Fundação José Luiz Egydio Setúbal
  18. Grupo Mulheres do Brasil
  19. Impact.to
  20. Instituto Alana
  21. Instituto Arueras
  22. Instituto Árvores Vivas para Conservação e Cultura Ambiental
  23. Instituto Brasiliana
  24. Instituto Como Contar
  25. Instituto da Infância-IFAN
  26. Instituto Liberta
  27. Plan International Brasil
  28. Prefeitura Municipal de Laranjal do Jari
  29. Projeto DOSTA – BASTA Coletivo de Mulheres Romani
  30. Pulso Público
  31. Rede Conhecimento Social
  32. Rede Não Bata, Eduque
  33. Serenas – Garantia de Direitos para Meninas e Mulheres
  34. Terre des hommes Suisse
  35. Usina da Imaginação
  36. Visão Mundial