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Mentoras do projeto Rede Meninas Líderes apoiam empoderamento de jovens mulheres

Elas têm aconselhado 38 bolsistas selecionadas para implementar a metodologia Escola de Liderança para Meninas

Um time de 18 mulheres que são referência em seus campos de atuação tem contribuído para o desenvolvimento profissional e pessoal das participantes do projeto Rede Meninas Líderes em São Paulo. Como mentoras, elas têm usado sua competência e expertise para aconselhar 38 bolsistas do projeto, que foram selecionadas para implementar a metodologia Escola de Liderança para Meninas desenvolvida pela Plan International Brasil.

O projeto Rede Meninas Líderes, voltado para meninas de 18 a 24 anos, selecionou no ano passado um grupo de jovens de São Paulo para um curso on-line focado na metodologia Escola de Liderança para Meninas e em conteúdos sobre gestão de projetos, educação financeira e prestação de contas. O objetivo foi promover as habilidades necessárias para a atuação em projetos sociais no futuro.

Ao final do curso, 38 jovens foram escolhidas para receber uma bolsa de três meses e aplicar a metodologia Escola de Liderança para Meninas em novas turmas. Divididas em 19 duplas, essas facilitadoras abriram inscrições para turmas com outras adolescentes e jovens com idade entre 14 e 24 anos, fizeram a seleção e implementaram o projeto por conta própria.

Foi aí que entraram as mentoras. De acordo com Ana Nery Lima, coordenadora de projetos da Plan International Brasil em São Paulo, cada mentora foi designada para trabalhar com uma dupla de meninas (uma mentora ficou responsável por duas duplas). A mentoria foi planejada com dois objetivos: apoiar a implementação das turmas com a metodologia Escola de Liderança para Meninas e ajudar as jovens a planejar a própria carreira.

O processo de mentoria prevê a realização de sete encontros, sendo seis entre cada dupla de jovens e a mentora e o último encontro com todas as jovens e mentoras juntas.

A executiva Carolina Goyatá é voluntária da Plan e ajudou a estruturar o programa de mentoria. Ela conta que conheceu a organização em um momento de sua carreira em que descobriu que seu propósito era transformar a sociedade por meio da educação e do desenvolvimento humano com impacto positivo. Nascida em uma família com mulheres fortes e tendo uma filha, ela logo se identificou com a missão da Plan. “Cresci em um contexto feminino empoderado, em um contexto de trabalho e dedicação femininos numa época em que isso não era tão comum para as mulheres”, afirma.

Formada em economia e com pós-graduação na área de finanças, Carolina desenvolveu uma carreira exemplar trabalhando em consultoria, educação executiva e desenvolvimento de pessoas e negócios. Como voluntária da Plan, ela tem usado sua vasta experiência para promover o desenvolvimento pessoal e profissional das meninas. “Por causa dessa missão e do encantamento com esse projeto superbacana, decidi me juntar a essa empreitada e botar de pé essa mentoria dentro do projeto Rede Meninas Líderes”, diz Carolina.

A psicóloga Patricia Bobbato, que atua há mais de 18 anos na área de recursos humanos e já trabalhou em grandes empresas como Volkswagen, Sadia, C&A, Pernambucanas e Grupo Tigre, também faz parte do time de mentoras. Ela já atuava como mentora de alguns profissionais quando foi convidada para participar do projeto da Plan. “Fiquei encantada com a possibilidade de trocar experiências com as meninas e trazer o melhor delas. Ter a possibilidade de desenvolver a liderança feminina agora me dá a esperança de termos mais mulheres em posições de liderança no futuro e assim ter um mundo mais igualitário”, diz Patricia. “Estou aqui para apoiá-las a se tornarem mulheres mais empoderadas e que saibam das suas capacidades. Elas podem conquistar os lugares que elas quiserem”, conclui a psicóloga.

Outra psicóloga no time das mentoras é Bruna Ramalho Silva Brito Maciel. Ela conta que sempre quis fazer psicologia para ajudar as pessoas. “No início, pensava que a clínica seria o melhor caminho para isso, mas quando fiz meu primeiro estágio em recursos humanos percebi que fazendo parte de uma grande empresa eu poderia ajudar muito mais pessoas.” Bruna, que hoje é coordenadora de RH da Unilever, conta que, depois de quase 15 anos atuando na área de recursos humanos de grandes empresas, aprendeu outras formas de ajudar, uma delas é sendo mentora. “Eu gosto de estar do lado de uma organização como a Plan, que faz um trabalho diferenciado e nos ajuda a ajudar os outros”, afirma.

Para Larissa, de 23 anos, uma das bolsistas do Rede Meninas Líderes, o programa de mentoria tem sido essencial, dando o apoio necessário para a implementação do projeto no contexto da pandemia de Covid-19. “A partir de pautas e assuntos que levantamos com nossa mentora, que é a Andreia Schroeder, uma das gerentes da Plan, identifico que nos fortalecemos para passar os conhecimentos que nos foram dados no curso e no Rede Meninas Líderes para nossas educandas”, afirma.

A bolsista Emily, de 24 anos, diz que tem uma relação de igual para igual com sua mentora e sente que existe uma troca verdadeira durante os encontros. “A mentoria está sendo muito especial. Teve um encontro em que a gente fez um exercício sobre propósito e reconhecimento das nossas fortalezas nos momentos mais adversos da vida. E acabamos tocando em pontos muito sensíveis, mas de forma muito cuidadosa”, afirma. “Eu acho que a gente está se conhecendo – cada uma a si mesma e uma à outra também – profundamente.”

Thuany, de 24 anos, também bolsista do Rede Meninas Líderes, diz que a mentoria tem proporcionado um processo de autoconhecimento e de busca de propósitos. “Nós conversamos sobre assuntos muito pertinentes que vão desde entender um pouco mais sobre nosso propósito até a forma como podemos impactar socialmente as pessoas. Então tem sido uma experiência muito gratificante.” Ela conta que sua mentora tem oferecido ferramentas para serem aplicadas nas oficinas e que também tem ajudado em questões que vão além do projeto.

“Tem sido muito gratificante passar todo conhecimento que temos adquirido na mentoria também para as meninas da Escola de Liderança para Meninas. Tem sido uma experiência incrível participar desse projeto porque conhecemos meninas de diversas regiões do Brasil e é realmente algo muito gratificante discutir sobre questões de igualdade de gênero e liderança e acesso a direitos e que elas possam também ser agentes de mudança”, afirma Thuany.

Conheça nossas mentoras:

Andreia Schroeder

Bruna Barros

Bruna Brito

Carolina Goyatá

Dilma Campos

Evelyn Silva

Flávia Cardillo

Giselle Germano

Jandaraci Araújo

Kaká Rodrigues

Letícia Born

Lígia Mardiression

Luciana Sato

Naiara Serpa

Patrícia Bobbato

Roseli Batista

Silvana Mello

Valéria Drumond

Mentoras compartilham conselhos de empoderamento para meninas

Bruna Ramalho Silva Brito Maciel, psicóloga e coordenadora de recursos humanos

  • Tenha orgulho de quem você é! Pode parecer pouco, mas quando temos orgulho de quem somos e de nossas origens, nos blindamos contra “piadas” e “brincadeiras”. A autoestima é essencial para o empoderamento.
  • Assuma suas escolhas! Não deixe que o medo de julgamentos ou que a culpa tome os seus pensamentos e/ou limite suas escolhas.
  • Uma mulher empoderada empodera outras mulheres! É a mais pura verdade, uma mulher empoderada inspira outras, e as motiva a se empoderarem ainda mais. Além disso, você pode empoderar outras mulheres com atitudes simples como elogiá-las e evitar críticas e “fofocas” a respeito de outras mulheres.

Carolina Goyatá, executiva da área de desenvolvimento de pessoas e negócios

  • Acredite em você: você é capaz de ser e fazer o que quiser!
  • Invista no seu autoconhecimento e pavimente sua jornada com foco nas suas forças. Abaixo aos gaps!
  • Tenha coragem e enfrente seus medos. Vá com tudo!

Patricia Bobbato, psicóloga e diretora de pessoas, comunicação interna e sustentabilidade

  • Nós mulheres precisamos acreditar em nós mesmas e no nosso potencial. Para que isso aconteça, o autoconhecimento é fundamental.
  • Ter coragem é peça-chave para seguir em frente. Saber sobre os nossos medos, planejar como queremos fazer e “se jogar”. Assim conquistaremos nosso espaço, seja onde cada uma quiser.
  • Ter uma ideia do que queremos para a carreira ajuda a planejar os próximos passos. O mais importante é entender se isso te deixa feliz! Trazer o seu melhor, com a ajuda da sua rede de contatos, vai fazer você chegar aonde quiser. Vamos continuar lutando por um futuro melhor.