Plan International Brasil Plan International Brasil 11 4420.8081
Tempo de leitura: 5 minutos

No Dia Nacional do Combate ao Abuso e Exploração Sexual de crianças e adolescentes, Plan apoia o lançamento do documentário Um Crime Entre Nós

Com participação de Jout Jout, Luciano Huck e Dr. Dráuzio Varella, o filme fala sobre as consequências do silêncio da sociedade e a importância da denúncia. Dados alertam que casos podem aumentar durante a pandemia, confira.

No dia 18 de maio, o Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra crianças e adolescentes alerta sobre o possível aumento desses crimes durante a pandemia da COVID-19. O lançamento do documentário Um Crime Entre Nós visa fortalecer e ampliar um diálogo mais urgente do que nunca: estima-se que a exploração sexual infantil afete cerca de 500 mil crianças e adolescentes ao ano no Brasil, isso significa que em média, são mais de mil casos por dia. No entanto, apenas 10% são notificados às autoridades, segundo a Childhood Brasil, uma das organizações apoiadoras do filme.

Com foco na promoção de direitos de crianças e adolescentes, especialmente meninas, A Plan International Brasil apoia a divulgação do documentário. “No Brasil, a exploração sexual de crianças e adolescentes tem números assustadores. Da mesma forma é assustador o desconhecimento da sociedade e, quando não nos deparamos com o desconhecimento, enfrentamos a naturalização da situação. O documentário tem esse poder de mostrar que estamos falando de milhares de meninas e meninos que são submetidos a uma vida de exploração, que vai trazer consequências traumáticas quase insuperáveis, sensibilizando quem assiste a se importar de alguma forma com isso”, diz Sara Oliveira, gerente de projetos da Plan International Brasil na Bahia.

Neste momento de distanciamento social, instituições alertam para o aumento de violência contra grupos vulneráveis em todo o mundo, especialmente para mulheres e crianças. No Brasil, a agressão contra a mulher aumentou em 44,9% só em São Paulo, de acordo com relatório divulgado no dia 20 de abril pelo Fórum de Segurança Pública – FBSP. Assim como o aumento de feminicídios no Estado, de 13 para 19 casos – 46,2%. O mesmo aumento também acontece quando se trata de exploração sexual infantil neste período, com um crescimento de 50% apesar das subnotificações e silenciamento da vítima, já que o principal espaço de denúncia, a escola, está fechado.

Este cenário ressalta a importância de iniciativas como o lançamento do documentário Um Crime Entre Nós, produzido e idealizado pela Maria Farinha Filmes, Instituto Liberta e Alana e dirigido por Adriana Yañez. O filme investiga os motivos que posicionam o Brasil em segundo lugar entre os países com maior número de ocorrências de Exploração Sexual Infantil, segundo a The Freedom Fund.

O longa terá sua pré-estreia em uma plataforma online gratuita, em parceria com a Folha de SP, a partir das 11h. Em seguida, acontece um debate mediado por Luciana Temer, Diretora Presidente do Instituto Liberta, com, Adriana Yañez, diretora do longa, Eliane Trindade, jornalista, Amanda Cristina Ferreira, integrante da Coordenação Colegiada da Rede ECPAT do Brasil e Pedro Hartung, do Instituto Alana.

“Acreditamos na potência de histórias urgentes para transformar realidades. Com esse filme esperamos que a sociedade se engaje para a importância de proteger as infâncias contra esses crimes. Precisamos quebrar o silêncio sobre o tema e nos unir para modificar esse cenário de forma definitiva, denunciando, apoiando instituições da rede de enfrentamento e levando o alerta a diante”, ressalta Estela Renner, Sócia-fundadora da produtora Maria Farinha FIlmes.

Com provocações e reflexões dos influenciadores Jout Jout e Luciano Huck, além de especialistas como Dráuzio Varella, Gail Dines, Consuela Lopes Leitão, e diversos ativistas da causa e da segurança pública, o filme investiga e alerta sobre as consequências do silêncio da sociedade e a importância da denúncia.

“O documentário tem como propósito jogar luz sobre um dos mais graves e invisibilizados problemas sociais brasileiros, que é a violência contra crianças e adolescentes, em especial a exploração sexual. Fechar os olhos para esta questão além de ser uma enorme violação de direitos humanos, tem um custo social gigante. O Brasil precisa acordar para isso”, explica Luciana Temer, Diretora Presidente do Instituto Liberta.

A estreia de Um Crime Entre Nós no Brasil conta com o apoio das principais instituições que atuam na proteção dos direitos da infância no Brasil, entre elas Childhood Brasil, Cedeca Bahia, Oficina de Imagens, Plan International Brasil, Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes, ECPAT Brasil e IACAS.

“Garantir uma infância e uma adolescência livres de toda forma de violência e exploração é fundamental para construção de uma sociedade justa, que coloque crianças e adolescentes em primeiro lugar. Enfrentar, portanto, as questões estruturais, calcadas nas muitas desigualdades – especialmente a de gênero – que envolvam a violência sexual e suas consequências, é fundamental e deve ser de todos nós – Estado, famílias e sociedade – como determina o Artigo 227 de nossa Constituição Federal”, aponta Pedro Hartung, coordenador do programa Prioridade Absoluta, iniciativa do Instituto Alana.

A pré-estreia e debate online poderão ser assistidos por meio do site da Folha e do Instituto Liberta a partir das 11h do dia 18/05.  Ainda no dia 18, o filme terá sua estreia oficial às 0h00, no canal GNT e, a partir do dia 19/05, estará disponível nas plataformas GNT Play (com acesso gratuito por uma semana) e VIDEOCAMP, plataforma online para exibições públicas gratuitas, em uma estratégia de distribuição orquestrada pela FLOW para democratizar o acesso ao filme.

Serviço:
Pré-estreia online Um Crime Entre Nós: 11h na folha.com.br
Debate online após a exibição com participação de Luciana Temer, Amanda Cristina Ferreira, Adriana Yañez, Pedro Hartung e Eliane Trindade.
Exibição de Um Crime Entre Nós no canal GNT: 00h
Exibição de Um Crime Entre Nós no canal Futura: 22/05 (sexta-feira) às 22h
Plataformas para assistir ao filme a partir do dia 19: GNT Play e Videocamp.
Plataformas para assistir ao filme a partir de junho: GNT Play, Videocamp, Canal Brasil e Philos.

Sobre a produtora Maria Farinha Filmes e a distribuidora Flow
Há mais de 10 anos contando histórias com o objetivo de despertar grandes mudanças, a Maria Farinha Filmes já produziu mais de 25 filmes, séries e outros formatos que impactaram milhões de pessoas em todo planeta. A primeira produtora da América Latina a receber o certificado B Corp, desenvolveu projetos como Muito Além do Peso (2012), Tarja Branca (2014), O Começo da Vida (2016), Nunca Me Sonharam (2017),Ser o Que Se É (2018), Aruanas (2019), entre outros.

A partir da percepção de que algumas mudanças precisam ser aceleradas, foi criada a Flow, uma distribuidora que experimenta novas formas de chegar ao público e realiza campanhas de impacto social que proporcionam caminhos concretos e plurais, fomentando o espírito ativista. Alguns dos destaques de seu portfólio são os documentários A Juíza, indicado ao Oscar em 2019, e Longe da Árvore (2018), baseado no best-seller com o mesmo título – ambos fruto de uma parceria com a Participant Media, produtora americana dedicada a realizar entretenimento que traz consciência social, indicada a 73 Oscars e vencedora de 18 estatuetas.

Sobre Instituto Liberta
O Instituto Liberta nasceu no final de 2016 do desejo de um filantropo, Elie Horn, que como membro do Giving Pledge assumiu o compromisso de doar parte do seu patrimônio pessoal para causas sociais e elegeu como grande missão combater a exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil. O Liberta tem como missão o enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil em todas as suas formas.

Sobre o Alana
O Alana é uma organização de impacto socioambiental que promove o direito e o desenvolvimento integral da criança e ​fomenta​ novas formas de bem viver.