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Estudo conclui que modelo de apadrinhamento da Plan promove desenvolvimento de crianças e suas comunidades

O apadrinhamento de uma criança gera benefícios não só para ela, mas para toda a sua comunidade. Mais crianças frequentam a escola em locais com meninas e meninos apadrinhados e a frequência escolar aumenta a cada ano de presença da Plan

O apadrinhamento permite que a criança tenha a chance de um futuro melhor.

O sistema de apadrinhamento de crianças é amplamente usado por ONGs do mundo inteiro e faz parte da história da Plan International. Esse modelo, em que um doador se responsabiliza por financiar o acesso de uma criança e de sua comunidade aos recursos da organização, permite expandir o alcance dos projetos, além de criar um canal de comunicação entre a criança apadrinhada e seu padrinho ou madrinha.

Com 1,4 milhão de crianças apadrinhadas em 48 países atualmente, a Plan International decidiu investigar a fundo e quantificar o real impacto do programa de apadrinhamento no desenvolvimento de crianças, seus familiares e sua comunidade. Para isso, encomendou o estudo “Changing Lives” para o Instituto Real de Tecnologia de Melbourne, na Austrália.

Avaliar esse impacto só foi possível porque, a partir de 2006, a Plan passou a registrar os resultados de todas as pesquisas anuais realizadas com cada criança apadrinhada. O estudo se baseou em 12 milhões de questionários conduzidos pela Plan entre 2006 e 2018 com 2,7 milhões de crianças apadrinhadas.

Um dos achados mais importantes do estudo foi que o modelo de apadrinhamento da Plan trouxe benefícios não apenas para a criança apadrinhada, mas também para sua família e sua comunidade. Tanto a criança apadrinhada como as outras crianças de sua comunidade que ainda não têm um padrinho ou madrinha passam a ter acesso a diversas atividades e programas relacionados a saúde, educação, saneamento e desenvolvimento da primeira infância.

Cassia, uma menina negra, segurando um porta retrato e frente a sua casa
O apadrinhamento ajudou Cássia a terminar o Ensino Médio e agora a menina sonha em ser uma assistente social e ajudar mais crianças como ela.

“Isso permite que a Plan construa um relacionamento de longo prazo com as comunidades e com as autoridades das regiões onde atua para garantir que os direitos das crianças sejam respeitados e que a igualdade entre meninos e meninas seja atingida”, diz Cynthia Betti, diretora executiva da Plan International Brasil.

Um dos principais impactos diretos identificados pelo estudo foi a constatação de que mais crianças frequentam a escola em comunidades com meninas e meninos apadrinhados do que em comunidades que não recebem patrocínio. Além disso, a frequência escolar entre crianças apadrinhadas aumenta a cada ano em que a Plan realiza programas em uma comunidade.

O estudo concluiu que esse efeito está relacionado ao fato de que a Plan incentiva os pais a registrar o nascimento de seus filhos. Em muitos países, uma certidão de nascimento é necessária para se fazer a matrícula na escola. Ter uma certidão não só aumenta a probabilidade de as crianças frequentarem a escola, mas também protege as meninas de tráfico humano e casamento infantil.

O apadrinhamento também trouxe benefícios para a saúde de meninas e meninos contemplados. Além disso, as meninas que receberam cartas de seus padrinhos ou madrinhas relataram um melhor estado de saúde do que as que não receberam. Entre os meninos, aqueles que receberam cartas reportaram um bem-estar emocional maior do que os que não receberam. Cerca de 8% das crianças afirmaram ter recebido cartas de seus padrinhos e madrinhas.

No Brasil, há cerca de 15 mil crianças apadrinhadas por meio da Plan International e aproximadamente 600 doadores brasileiros. Também há contribuições de padrinhos e madrinhas de outros países, sendo a Alemanha um dos países que mais apadrinham crianças brasileiras. É possível apadrinhar uma criança doando a partir de R$ 50 mensais.