8 de setembro de 2023 - Tempo de leitura: 3 minutos
Há quase uma década, a jovem é acompanhada pela Plan e trouxe empoderamento econômico para ela e para a sua mãe
As lutas podem se perpetuar de muitas formas através das gerações em uma família, tal qual um efeito dominó. Do mesmo modo, basta uma pequena mudança para que todos e todas sejam impactados e tenham suas vidas transformadas. A história de Gleyce Kelly é um exemplo disso.
Isabete tem 49 anos e é professora do ensino fundamental. Gleyce Kelly é sua filha mais nova, de 20 anos. Há quase uma década, a jovem é acompanhada pela Plan International e a vida da família começou a mudar a partir da educação financeira. Isabete nasceu na zona rural de Codó, no Maranhão, e não teve uma vida fácil.
“Tudo sempre foi muito sofrido. Trabalhei em casa de família, mas sempre estudando e pensando em ter uma realidade diferente”, conta. Formada, foi contratada pela prefeitura e depois passou em concurso para lecionar na rede pública municipal.
Além de Gleyce Kelly, Isabete tem hoje mais um filho e duas netas. Foi em uma mudança de escola que a família conheceu a Plan. O que Isabete não imaginava era que ela própria teria a realidade impactada pelos ensinamentos que a filha, Gleyce, traria. “A Plan só vem a somar na vida das famílias, porque divide conhecimentos que são para a vida inteira. Minha filha aprendeu e me ensinou muito, principalmente sobre educação financeira. Ela me deu dicas de como manter o dinheiro e criar um plano de negócios. O resultado é que consegui abrir um comércio”, comemora a mãe, orgulhosa. Gleyce também se enche de satisfação ao ver onde a família chegou.
“Passei por vários Projetos da Plan, mas o Geração, que trata de educação financeira, é, de longe, o que mais me impactou. É meu Projeto do coração. Ele mudou meu pensamento em relação a muitas coisas, e eu pude ensinar tudo o que sei para minha família. Meus sonhos costumavam ser muito pequenos, mas hoje eu sonho alto. Quero me formar e montar o meu negócio. Por enquanto, ajudo minha mãe no comércio dela.
A jovem se define como uma mulher empoderada e capaz de liderar. “Isso é um avanço enorme para mim. Eu tinha muita dificuldade de interagir com as pessoas, e o primeiro projeto de que participei, o Vozes Femininas, me ajudou muito nisso. Ele era focado em meninas e abordava questões de gênero e habilidades para a vida. Depois dele, eu emendei vários outros projetos e cada um me acrescentou de uma forma diferente”, lembra.
“Do primeiro projeto, lembro de uma apresentação de dança na praça, no dia 11 de outubro, quando se comemora o Dia da Menina. No Esportes Cidadania, fui a responsável por receber o troféu que nosso time ganhou. No Projeto La League, viajei para a Holanda para representar as meninas da minha comunidade e pude conhecer outras culturas”, enumera.
Para Gleyce, dar vez e voz às mulheres é a maior realização da Plan. “O que mais me chamou atenção na Plan, desde o início, é que ela tem um conceito, que é o de colocar as meninas em primeiro lugar. Nós nascemos e crescemos ouvindo que não temos as mesmas liberdades de um menino. São muitas as regras para as mulheres. Não podemos fazer isso, nem aquilo. Temos que usar isso ou aquilo. Na Plan eu pude entender que não existem limites. A gente vai além de qualquer barreira que a sociedade nos impõe. ”
A Plan impactou a vida das mulheres dessa família, mas foi além, ajudando a Gleyce a impactar, agora, na profissão de educadora. “É um trabalho como o de educadora da Plan, só que com um jovem ensinando o outro. O jovem com o jovem é um par, o adulto com um adulto é outro par. Esse é o propósito. Eu adoro ter essa oportunidade de conversar com as pessoas, dividir os ensinamentos desses últimos três anos de “Projeto Geração”. Hoje, tenho uma certeza na vida, e é de que eu quero trabalhar na Plan, retribuir tudo o que me foi dado.”