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DECIDIR

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DECIDIR

Decidir é um direito: todas as meninas devem poder tomar decisões sobre assuntos que possam afetar diretamente as suas vidas

Todas as meninas têm o direito de tomar decisões importantes sobre a sua saúde sexual e seu bem-estar. Isso inclui decidir se quer casar ou ter filhos, e todas estas decisões devem ser apoiadas por uma educação sexual abrangente e por serviços de saúde que, de fato, ofereçam assistência às meninas.

MENINAS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL

A desigualdade de gênero e a discriminação resultam no fato de que meninas e mulheres, muitas vezes, têm negados os seus direitos relacionados à saúde sexual e reprodutiva. Isso pode deixá-las incapazes de se proteger contra uma gravidez indesejada e também contra doenças sexualmente transmissíveis.

A aceitação social generalizada da violência contra as mulheres significa que muitas meninas também estão sujeitas a violência sexual, e a vigência dos estereótipos reforçam que as meninas não têm proteção contra ataques e abusos.

As meninas também têm também mais probabilidade do que os rapazes de contrair o HIV. Elas são mais vulneráveis ​​devido a fatores biológicos, pela exploração sexual por parte de parceiros mais velhos e falta de acesso a informações e serviços.

O casamento infantil também ocorre porque às meninas é negado o direito de decidir. Por serem mais vulneráveis em função da desigualdade de gênero vigente na sociedade, as meninas são mais propensas a terem relações sexuais forçadas – e, consequentemente, a terem uma gravidez precoce. As meninas que dão à luz antes de estarem fisicamente prontas estão em risco substancial de terem problemas de saúde graves – ou mesmo risco de morte.

A falta de materiais para a higiene menstrual também indica que meninas ainda são incapazes de decidir. Pelo menos 500 milhões de meninas e mulheres em todo o mundo não dispõem de instalações adequadas para a gestão da higiene menstrual, enquanto 1 em cada 3 escolas não têm acesso a saneamento adequado a nível mundial. Como resultado, as meninas muitas vezes optam por ficar em casa quando estão menstruando e acabam por perder uma educação poderia ajudá-las em decisões-chave.

DIREITO DE DECIDIR

A igualdade de gênero não pode ser alcançada até que todas meninas tenham o direito de decidir seu futuro. Enquanto não houver igualdade de gênero e as meninas continuarem a ser tratadas com menos respeito que os meninos, elas continuarão a vivenciar discriminações, gestações e casamentos precoces.

Temos o objetivo de que todas as meninas tenham o direito de decidir o seu futuro até 2030. Isto reflete nas metas estabelecidas na Agenda 2030, compromisso para o desenvolvimento sustentável adotado pelos líderes mundiais em 2015. Estamos empenhados em assegurar que as meninas tenham acesso a uma educação sexual abrangente e serviços de saúde, bem como protegê-las de práticas prejudiciais. Também estamos atentos aos governos e às suas promessas, desenvolvendo um relatório que acompanhe a implementação dos objetivos globais relativos às meninas.