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20 de outubro de 2025 - Tempo de leitura: 2 minutos
No dia 11 de outubro foi celebrado o Dia Internacional da Menina, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2011, com objetivo de reconhecer os direitos das meninas e os desafios únicos que enfrentam em todo o mundo. Em comemoração a essa data, a Plan Brasil, ONG que trabalha para romper ciclos de violências contra meninas, realizou diversas ações para promover visibilidade às demandas das meninas, e destacar políticas públicas efetivas de proteção, educação, saúde e participação social.
Os números mostram a urgência do tema. No Brasil, quase 1 milhão de crianças e adolescentes (993 mil) entre 4 e 17 anos estão fora da escola, segundo levantamento Unicef/Undime. Quando o assunto é violência, o cenário é ainda mais grave: foram 164 mil casos de violência sexual contra crianças e adolescentes registrados recentemente, sendo a maioria das vítimas meninas (Unicef). Apenas entre 2020 e 2022, mais de 11 mil meninas menores de 14 anos deram à luz em decorrência de violência sexual, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
“Esses números mostram como a exclusão escolar e a violência de gênero ainda afetam profundamente a vida das meninas no Brasil. Por isso, é indispensável que sociedade e poder público unam esforços em políticas e ações que garantam sua proteção e fortaleçam seu empoderamento.”, afirma Cynthia Betti, CEO da Plan Brasil.
Com o tema “Livres, Seguras e Respeitadas”, a organização vai promover a iniciativa “#Meninas ocupam”, movimento criado pela Plan International em 2016. A ação consiste em meninas e adolescentes assumirem, por um dia, posições de liderança em instituições públicas e privadas, espaços que historicamente não foram acessados por elas.
Em 2025, meninas atendidas pela Plan Brasil em seus projetos ocuparam diversos lugares como a Chlorum Solution (Salvador), CPTM (São Paulo), TCE-PI (Teresina), Câmara dos Deputados (Brasília), Subseção da OAB (Codó) e Secretaria de Estado da Juventude (São Luís), entre outras, respectivamente.
Além das ocupações, a programação contará com oficinas e rodas de conversa sobre gênero, proteção, saúde sexual e reprodutiva e protagonismo juvenil, além de uma campanha de sensibilização na mídia local para amplificar as vozes das meninas, especialmente aquelas em contextos vulneráveis.
Em São Luís, foi realizada a 1ª Corrida “Eu Corro Por Elas – Pelo enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes”, com o propósito de captar recursos, mobilizar a sociedade e dar visibilidade às pautas de gênero e proteção.
Para Cynthia é importante unir esforços para garantir os direitos das meninas e transformar a data em um marco de mobilização social. “Ao assegurar hoje os direitos das meninas, estamos plantando a semente de uma sociedade mais justa amanhã. Não podemos esperar para agir,”. “Quando meninas participam na tomada de decisões, ocupam espaços de poder, elas não só veem suas vozes reconhecidas, mas inspiram outras meninas a acreditar que também podem.”
