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É PRECISO POR FIM AOS ATAQUES A CRIANÇAS NA GUERRA NA UCRÂNIA

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4 de março de 2022 - Tempo de leitura: 2 minutos

Confira a declaração de Stephen Omollo, diretor global da Plan International, sobre o conflito armado entre Rússia e Ucrânia.

As crianças são as principais vítimas do conflito armado que envolve Rússia e Ucrânia

A crise humanitária enfrentada pelas crianças atingidas pelo conflito na Ucrânia está se multiplicando a cada hora. Cada dia de luta contínua significa incontáveis vidas, lares e crianças desamparadas. As crianças carregarão estas feridas – tanto visíveis como invisíveis – muito depois que a luta tiver terminado. Para o bem delas, é crucial que haja um cessar-fogo imediato antes que mais vidas sejam perdidas.

Estamos seriamente preocupados com os relatos de violações aos direitos das crianças em conflitos armados. As crianças têm o direito de viver sem medo de que um foguete invada seus quartos. Todas as partes, em qualquer conflito, devem respeitar suas obrigações sob as leis internacionais humanitárias e de direitos humanos. Damos as boas-vindas à investigação do promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre a situação na Ucrânia. Os ataques a infraestruturas civis, incluindo edifícios de apartamentos, hospitais e escolas, também devem terminar. Os lares e lugares frequentados por crianças nunca deveriam ser um alvo de guerra.

Como a situação continua a se deteriorar, as crianças e suas famílias devem ser capazes de se abrigar em segurança. Estamos profundamente preocupados com relatos de jovens negros e não ucranianos que enfrentam discriminação, racismo e atos de violência ao fugirem de suas casas e em alguns postos de fronteira do país. A discriminação não tem lugar em nenhuma resposta humanitária.

Somos solidários com todos e todas cujas vidas estão sendo dilaceradas pelo conflito na Ucrânia. De acordo com o direito internacional, normas e convenções, todas as pessoas afetadas pelo conflito têm direito à proteção, sem discriminação de raça, religião, país de origem, sexo, idade, capacidade, orientação sexual ou outras diferenças. O tratamento nas fronteiras deve ser equitativo, com prioridade para os mais vulneráveis.

A Plan International tem missões já em andamento na Moldávia, Romênia e Polônia para avaliar a melhor forma de apoiar as crianças e suas famílias. Atuaremos em parceria com as organizações já presentes na região, trabalhando 24 horas por dia para garantir que haja assistência imediata para as crianças e suas famílias quando atravessarem a fronteira da Ucrânia.

Convocamos as autoridades ucranianas, os países de trânsito e de acolhimento, as organizações que fornecem ajuda humanitária e a população em geral a se comprometerem com o princípio humanitário da humanidade e a rejeitarem qualquer forma de discriminação contra as populações afetadas.”

Stephen Omollo, Diretor Global da Plan International