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20 de abril de 2021 - Tempo de leitura: 2 minutos

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Plan International Brasil
A adolescência é uma fase da vida marcada por profundas transformações físicas, emocionais, cognitivas e sociais. Esse período, que compreende o desenvolvimento da autonomia, da identidade e da sexualidade, exige uma atenção especial por parte dos serviços de saúde. No entanto, ainda são muitos os desafios enfrentados por adolescentes e jovens no acesso a um cuidado integral e acolhedor.
As mudanças que ocorrem na adolescência vão além do corpo. Questões psicológicas, como ansiedade e depressão, aparecem com frequência, tornando a saúde mental um dos principais pontos de atenção nessa fase. Ao mesmo tempo, a vivência da sexualidade e a exploração da identidade de gênero tornam as/os adolescentes mais vulneráveis a situações de violência, discriminação e comportamentos de risco, como a exposição a infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e gravidez não intencional.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), lesões, traumas, violência, suicídio e complicações relacionadas à gravidez estão entre as principais causas de morte de adolescentes. No Brasil, os efeitos de desigualdades históricas agravam ainda mais a situação. Fatores como a baixa escolaridade da mãe, ausência de pré-natal adequado e histórico reprodutivo desfavorável contribuem diretamente para a mortalidade infantil, afetando especialmente meninas negras e de comunidades vulneráveis.
A proposta da cartilha é justamente oferecer apoio a profissionais da atenção primária para que possam oferecer um serviço de saúde amigável, considerando as especificidades da adolescência. Reconhecer a pluralidade de experiências e garantir um atendimento que respeite diferenças étnico-raciais, de orientação sexual, identidade de gênero e condições socioeconômicas é fundamental para a promoção da saúde e dos direitos.
É essencial que as equipes de saúde reflitam sobre sua atuação:
Promover a saúde de adolescentes exige mais do que conhecimento técnico. Exige empatia, sensibilidade às diferenças e compromisso com a justiça social. Tornar as unidades de saúde espaços verdadeiramente acolhedores é um passo essencial para garantir o direito à saúde de todas e todos, respeitando a diversidade e combatendo as desigualdades que ainda marcam a juventude brasileira.
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