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11 de setembro de 2024 - Tempo de leitura: 3 minutos
Bolívia, Brasil, Burkina Faso, Colômbia, Filipinas, Quênia, Maláui, Nepal, Timor Leste
Plan International e a CNN “As Equals”
A internet tornou-se uma realidade na vida de meninas de muitas partes do mundo por todas as facilidades que ela oferece. É no universo online que meninas encontram as oportunidades que precisam para transformarem suas histórias, por meio de cursos, estudos, conversas e tantas descobertas que tornam o universo delas mais rico.
O Estudo construindo a resiliência digital – as meninas e jovens mulheres exigem um futuro digital mais seguro foi concebido para oferecer às meninas e jovens mulheres não apenas a oportunidade de relatar suas experiências no mundo digital, mas também de expressar suas visões sobre as mudanças necessárias para um futuro online seguro e inclusivo.
O relatório que ouviu meninas e jovens mulheres de 13 a 24 anos em 9 países, incluindo o Brasil, reforça a importância do envolvimento de empresas de tecnologia, governos, comunidades e famílias na criação de um ambiente digital protegido e na amplificação das vozes dessas jovens.
A pesquisa se baseia em conhecimentos adquiridos por meio de estudos anteriores conduzidos pela Plan International e pela CNN As Equals, incluindo:
Por meio dessa parceria, a CNN As Equals trabalhou em colaboração com os Escritórios Nacionais da Plan International em países como Colômbia, Brasil e Bolívia, ampliando o alcance da pesquisa. Com este relatório, busca-se garantir que as vozes de meninas sejam ouvidas pelos tomadores de decisões de políticas públicas, promovendo ações concretas para um ambiente digital seguro.
A internet tornou-se parte essencial da vida cotidiana, especialmente para meninas e jovens mulheres que a utilizam como ferramenta de socialização, aprendizado, trabalho e entretenimento, por isso é fundamental desenvolver estratégias de proteção online para essas meninas. O mais recente estudo da Plan International revela que essas usuárias encontram na rede um espaço para fazer cursos, acompanhar notícias, trocar informações sobre diversos temas e socializar com amigos da mesma idade.
Entretanto, esse ambiente digital também é marcado por diversos tipos de riscos. Muitas dessas jovens enfrentam abusos online, como assédio sexual, cyberbullying, golpes de impostores e chantagens com imagens manipuladas e muitas vezes obscenas. Apesar disso, elas reconhecem a importância de estarem conectadas e determinadas a continuar usufruindo das oportunidades que a internet proporciona.
Para isso, desenvolvem estratégias de autoproteção e criam redes de apoio entre si, conscientes de que estar offline não é uma alternativa viável no mundo atual. O estudo aponta ainda uma preocupante desconfiança em relação à capacidade de autoridades, plataformas digitais e até familiares em garantir sua segurança online.
Essas jovens destacam a necessidade urgente de ações mais efetivas por parte de governos, empresas de tecnologia e demais responsáveis pela regulação do espaço digital. Reforçam que a proteção das usuárias mais vulneráveis deve ser prioridade e que a promoção da igualdade de gênero e da resiliência digital é um dever coletivo. É hora de transformar o ambiente virtual em um espaço verdadeiramente seguro e inclusivo para todas as meninas e jovens mulheres.
A pesquisa mostra que a internet é essencial para meninas e jovens mulheres, apesar dos riscos online que enfrentam, como violência de gênero, assédio e bullying. Estar offline não é uma opção, e reduzir o tempo online não resolve os problemas. As jovens se sentem frequentemente sozinhas, sem apoio adequado, e acabam tendo que lidar com os desafios digitais por conta própria.
O estudo destaca ainda que o avanço da inteligência artificial intensifica os riscos online, tornando os abusos mais difíceis de identificar e combater. Isso exige ações urgentes, como educação digital inclusiva, regulação da IA e combate ao assédio.
As participantes apontam que a construção de resiliência digital, o apoio mútuo e o letramento digital são fundamentais para garantir igualdade de gênero e segurança online. Suas recomendações visam criar um futuro digital justo, onde possam atuar como cidadãs plenas e empoderadas.
Conheça a pesquisa completa, com depoimento das jovens, baixando o pdf: