POR QUE MALALA YOUSAFZAI É TÃO IMPORTANTE?
Ganhadora de um Nobel da Paz aos 17 anos, a paquistanesa Malala Yousafzai se tornou um símbolo da luta pela educação e pelos direitos das meninas.
18 de outubro de 2016 - Tempo de leitura: 2 minutos
Ganhadora de um Nobel da Paz aos 17 anos, a paquistanesa Malala Yousafzai se tornou um símbolo da luta pela educação e pelos direitos das meninas.
“Embora na aparência eu seja uma menina, uma pessoa com 1,57 metro de altura, contando com os saltos altos, eu não sou uma voz solitária, eu sou muitas. (…) Eu sou aquelas 66 milhões de meninas que estão fora da escola”, disse Malala Yousafzai, ao receber o Prêmio Nobel da Paz, em 2014.
Nascida em 1997, no Vale do Swat, norte do Paquistão, Malala foi a mais jovem ganhadora do Nobel. A luta da paquistanesa pelo direito à educação de meninas e adolescentes de seu país começou cedo, quando o grupo fundamentalista Talibã, que controlava desde 2007 a aldeia onde Malala morava, exigiu a suspensão das aulas dadas às garotas.
O pai de Malala, dono da escola em que ela estudava, não cumpriu a exigência. A menina continuou estudando e passou a escrever um blog em que contava as dificuldades das alunas de seu país. Ao lado do pai em palestras e comícios que defendiam o direito das meninas à escola, começou a ganhar mais destaque, o que incitou o ódio de radicais. Aos 15 anos, Malala foi baleada por militantes do Talibã dentro do ônibus escolar. A menina sobreviveu ao ataque, mudou-se para a Inglaterra e de lá começou a mobilizar a opinião pública internacional.
Em 2012, criou o Fundo Malala, organização que reivindica a educação e a inclusão social das mulheres. Em 2013, lançou a biografia Eu sou Malala (Companhia das Letras). Hoje, a menina que não se intimidou com os radicais islâmicos do Talibã e continuou lutando pelo direito de estudar, mora na Inglaterra e segue inspirando pessoas de toda parte, com a bandeira de que “uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo”.
Se você já leu Eu sou Malala (Companhia das Letras), de Christina Lamb e Malala Yousafzai, pode se deliciar com a releitura Malala, a menina que queria ir para a escola (Companhia das Letrinhas). Trata-se de um livro-reportagem escrito pela jornalista Adriana Carranca Corrêa, que viajou ao Paquistão para conferir de perto a trajetória da adolescente ativista mais famosa do mundo.
Os direitos das crianças segundo Ruth Rocha, de Ruth Rocha (Companhia das Letrinhas)
Até as Princesas Soltam Pum, de Ilan Brenman (Brinque-Book)
Malala, de Davis Guggenheim (Estados Unidos, 2015)