Saiba sobre as meninas que estão liderando para acabar com a Mutilação Genital Feminina na ETIÓPIA
As meninas que estão lutando para acabar com a Mutilação Genital Feminina na Etiópia
22 de março de 2019 - Tempo de leitura: 2 minutos
As meninas que estão lutando para acabar com a Mutilação Genital Feminina na Etiópia
Almnesh, de 16 anos é presidente do Uncut Girls’ Club (Clube das Meninas sem Corte, em tradução livre), grupo que se reúne uma vez por semana numa escola no distrito de Bona Zuria, na Etiópia. O objetivo do clube é multiplicação de informação entre as meninas e mudar a visão de suas famílias sobre a prática da mutilação genital feminina (MGF), além de falar sobre os direitos das meninas com a comunidade.
De acordo com a UNICEF, a Etiópia está entre os 29 países onde a prática da MGF está concentrada. Comprometida em proteger os direitos de meninas e mulheres, a Plan International está aumentando a conscientização nas comunidades rurais da Etiópia para acabar com o casamento infantil, violência baseada em gênero e MGF.
As próprias meninas estão liderando essa mudança de pensamento na Etiópia. Mais de 50 meninas se reuniram formando o Uncut Girls’ Club.
“A Plan International nos ajudou a formar o grupo na nossa escola e nos forneceu treinamento sobre o impacto negativo de práticas tradicionais que nos violentam. Desde então, estamos compartilhando conhecimentos com outras alunas e com a comunidade, por meio de líderes religiosos e comunitários.” diz Almnesh.
O clube tem um papel importante para a multiplicação de informação na comunidade e o crescimento do número de membras é um sinal positivo de que a mudança está acontecendo.
“Estamos trabalhando com escolas e grupos religiosos em diferentes comunidades para aumentar o conhecimento sobre práticas prejudiciais. Com esforço e trabalho duro, esperamos acabar com essas tradições danosas na nossa comunidade por meio da educação.” explica Almnesh.
Por causa do clube, meninas estão aprendendo sobre seus direitos e ganhando a confiança que precisam para mudarem esse cenário.
“A mutilação genital feminina é uma prática ruim e não farei isso com a minha filha porque conheço o impacto dessa prática”, Almnesh diz certeza. “Agora, depois das oficinas, a situação na minha comunidade começou a mudar. Até aquelas mulheres que foram mutiladas começaram a ensinar outras pessoas a não continuarem essa prática.”
Graças à determinação de meninas como Almnesh, uma mudança positiva é possível para a próxima geração de meninas. “Nossas mães também apoiam e nos motivam para continuar nosso trabalho para eliminar a MGF na nossa comunidade. Se eu não tivesse aprendido o que sei agora, teria sido mutilada. Por causa do meu conhecimento, eu não fui.
Almnesh é otimista sobre seu futuro. “Gosto mais de biologia, porque lida com questões de saúde e minha professora é muito gentil comigo. Quero ser enfermeira e ajudar minha comunidade, especialmente as mães e crianças na minha vila”