CONHEÇA MARICELA CARDONA, ATUANTE NA REINTEGRAÇÃO SOCIAL DE IMIGRANTES
Usando a educação para o empoderamento, Maricela oferece aulas de português para estrangeiras em situação de vulnerabilidade social
18 de outubro de 2016 - Tempo de leitura: 2 minutos
Usando a educação para o empoderamento, Maricela oferece aulas de português para estrangeiras em situação de vulnerabilidade social
Maricela Rivera Cardona tinha 19 anos quando desembarcou no Brasil, no dia 24 de dezembro de 2004. Chegava da Colômbia, integrando um grupo de noviças da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo Scalabrinianas, instituição católica que apoia imigrantes e refugiados em sua difícil jornada pela reintegração social.
O tempo no Brasil trouxe muitas mudanças. Depois de morar em Aparecida (SP) e em Brasília (DF) e de se estabelecer em São Paulo (SP), Maricela deixou a congregação. Ela trabalhou então por seis meses em uma padaria, até reencontrar a possibilidade de ajudar imigrantes, atuando no Centro de Apoio e Pastoral do Migrante (Cami).
“Não consigo me ver sozinha, fazendo um projeto individual”, afirma em bom português. Na nova vida, Maricela coordena o curso de português para estrangeiros do Cami, além de organizar rodas de conversa com mulheres imigrantes, que sempre acontecem junto de muitas crianças, acompanhantes de suas mães nos encontros. “As mulheres são o grupo mais vulnerável entre os imigrantes. Elas trabalham muito, cuidam da casa e da família. Para mim, conseguir estar próxima delas e escutá-las é fundamental”, diz.
A saudade de casa insiste para que Maricela volte a Guarne, sua cidade natal, onde estão os pais e seis irmãos. Mas as conquistas alcançadas por aqui e o desejo de transformar a realidade do imigrante têm falado mais alto.
Maricela indica um jogo típico de sua região, que adorava quando criança. Com pedrinhas quadradas e lisas (podem ser a sobra de tijolos, por exemplo), montar uma pirâmide. As crianças se dividem em dois grupos. O grupo 1 deve tentar derrubar as pedrinhas e sair correndo para armar a pirâmide novamente. Enquanto isso, o grupo 2 deve pegar a bola e tentar arremessá-la em todos os integrantes do grupo adversário. Se a bola tocar em todos, ponto para o grupo 2. Se o grupo 1 conseguir armar as pedrinhas novamente, ponto para o grupo 1.
Erin Brockovich, de Steven Soderbergh (Estados Unidos, 2000)
Biutiful, de Alejandro González Iñarritu (Espanha-México, 2010)
Centro de Apoio e Pastoral do Migrante (Cami)