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GIRL’S TALK

O bairro Capão Redondo, em São Paulo, recebeu o evento Girl’s Talk para marcar o Dia Internacional da Menina. O evento reuniu nomes expressivos para talks temáticos e abertos ao público

Com o objetivo de dar voz a meninas e mulheres que estão mudando o mundo a Plan International Brasil promoveu no dia 10 de outubro, o Girl’s Talk – evento que reuniu histórias inspiradoras num encontro aberto ao público e gratuito no Capão Redondo.

A data escolhida, 10 de outubro, não é um acaso. O evento marcou a abertura do Dia Internacional da Menina, (11 de outubro), que chega à sua sétima comemoração. A data foi instituída pela ONU para evidenciar a desigualdade de gênero que coloca meninas e mulheres em desvantagem na sociedade.

É necessário discutir a desigualdade de gênero, a realidade das meninas em todos os cenários, principalmente nas periferias e regiões onde enfrentam mais dificuldades para terem seus direitos respeitados e garantidos. Alguns dos inúmeros reflexos dessa educação desigual que está enraizada na sociedade são os escândalos de violência contra as mulheres, que sempre existiram mas ganharam mais espaço na mídia ultimamente.

O Girl’s Talk é uma resposta expressiva do potencial e dos brilhantes caminhos que as meninas e mulheres podem e devem ocupar – apesar da imperfeição da realidade que aos poucos está se transformando. A programação reuniu nomes de peso como:

Mel Duarte, poeta e produtora cultural. Uma das organizadoras da batalha de poesias “Slam das Minas SP”. Em 2016 ela foi destaque no sarau da Feira Literária Internacional de Paraty e a primeira mulher a vencer o Rio Poetry Slam. Publicou os livros “Fragmentos Dispersos” em 2013 e “Negra Nua Crua” em 2016.

Eliane Dias é moradora do bairro Capão Redondo, advogada, empresária e coordenadora do SOS Racismo na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP). Fundadora da produtora Boogie Naipe, com o companheiro Mano Brown, hoje ela é responsável pela carreira dos Racionais MC’s. Eliane traz à imprensa nacional debates sobre gênero, classe e raça.

Maria Clara Araújo é uma ativista afrotransfeminista. Graduanda em Pedagogia pela Universidade Federal de Pernambuco, ela idealizou o projeto “Pedagogia da Travestilidade”, que coloca em diálogo a educação e a experiência vivenciada por mulheres trans. Maria Clara também escreve para os sites Blogueiras Negras e Transfeminismo.com.

Jéssica Moreira é cofundadora do coletivo “Nós, Mulheres da Periferia”, que visa construir novas narrativas a partir da voz de mulheres periféricas. A iniciativa venceu os prêmios de mídia negra Almerinda Farias Gama e Antonieta de Barros. Também colabora na “Agência Mural de Jornalismo das Periferias” e na “Rede Jornalistas das Periferias”.

Viviana Santiago é negra, mulher, nordestina, professora e mãe. Faz parte da Coletiva Oniras e é gerente técnica de gênero na Plan International Brasil, na militância pelos direitos de meninas, mulheres e da população negra.

Alice Juliana é estudante de biologia e a fundadora do grupo “Juventude em Ação Social Comunitária”, cuja missão é levantar a discussão sobre gênero e direitos reprodutivos com meninas e mulheres na cidade de Timbiras, no Maranhão. O objetivo é convidá-las a explorarem e entenderem seus corpos, em nome de sua autonomia, saúde e segurança.

Anná é cantora e compositora da Mooca (SP). Já se apresentou ao lado de mestres como Wilson das Neves e Wilson Moreira, e também é cantora no “Afro Ilú Obá de Min”, popular bloco do carnaval de São Paulo. Seu primeiro trabalho autoral é o EP “Pesada”, com faixas que abordam temas como a ditadura dos padrões de beleza e a violência de gênero.

Buh D’Angelo é empreendedora e fundadora da InfoPreta, empresa de reparos e serviços de tecnologia que emprega exclusivamente mulheres negras. Formada em eletrônica, automação industrial e robótica, desenvolveu o negócio para dar oportunidade de trabalho a pessoas que estão à margem do mercado. Ela também desenvolve workshops ligando diversidade e tecnologia.

Carolina Peixoto é poeta, pedagoga e agente cultural. É uma das criadoras do Slam das Minas SP, batalha de poesias só para mulheres, e integrante do coletivo “Poetas Ambulantes”, que há cinco anos declama e distribui poesias nos transportes públicos. Carol tem dois livros: o infantil “Bola, Lápis e Papel” (2013) e o de poemas “DEZluas” (2017).

Gabi Oliveira é a criadora do canal DePretas no YouTube, e uma das youtubers negras mais influentes do Brasil. Com mais de 100 mil inscritos e outros milhares de seguidores nas redes sociais, Gabi aborda assuntos que vão de racismo e feminismo até maquiagem e cuidados para cabelos crespos, sempre de forma didática e despojada.

O evento foi realizado pela Plan International Brasil, eleita a melhor ONG que cuida das crianças e adolescentes do nosso país em 2017 pelo “Melhores ONGS Época”

A produção é da Catalize, uma empresa que acredita no poder da arte e da comunicação para a transformação social. Sua atuação visa criar e implementar estratégias inovadoras de comunicação para dar visibilidade a causas relevantes e engajar novos atores sociais em busca de mudanças.